Por Diário da amazônia
José Carlos é representante de vendas e está há quatro dias sem contato com a família devido a um atoleiro na BR-319. A esposa e o filho, de 6 anos, saíram de Manaus (AM) com destino a Porto Velho (RO) na última quinta-feira (2).
“Eu fui atrás de notícias da minha esposa e filho, porque eles não chegavam em Porto Velho, nem mandavam mensagem, nem nada. Eu fui na empresa, aí me passaram as fotos e a situação do pessoal na estrada. Perguntei se minha família está se alimentando, e eles disseram que ‘todos estão se ajudando”, contou.
O trecho onde o ônibus está atolado fica a cerca de 300 km de Porto Velho. Devido às péssimas condições da rodovia federal, os veículos que precisam passar pelo local acabam atolando, principalmente as carretas.
O trecho é de difícil acesso no período chuvoso, por não ser asfaltado a estrada começa formar atoleiros. Por isso, o ônibus com a família de José Carlos e mais algumas carretas estão impossibilitados de seguir viagem.
José precisou ir a empresa de transporte rodoviário para ter notícias da família. Ele não consegue ter informações precisas da família pois no local não há sinal de telefone. O que o deixa angustiado.
“Tô agoniado aqui, não estou nem conseguindo trabalhar com o nervosismo. Dois dias dormindo no meio da mata, sem sinal, sem tomar banho. Lá é mata, não tem nada perto. Um monte de caminhoneiro, minha esposa e meu filho lá, eu fico agoniado”, desabafou.
O representante de vendas mora em Manaus e está em Porto Velho por causa do trabalho. Ele precisou viajar de carro para Rondônia antes da família, e planejava reencontra-los nesta sexta-feira (3) em Porto Velho.
Máquinas para ajudar a desatolar os veículos e mantimentos, como água e comida, foram levados ao local neste sábado (4).
Os esforços para resgatar os caminhoneiros são feitos por equipes da Associação Amigos da BR, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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