Por J. Nogueira
A situação da escassez de água no município de Alvorada D’Oeste, resultou na criação do projeto ‘Diagnóstico Ambiental’ pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) via gerência regional de Ji-Paraná. O coordenador da ação é o analista ambiental, Hemerson Alvarenga que conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiental de Alvorada e da Coordenadoria de Recursos Hídricos da Sedam de Porto Velho.
O coordenador explicou ao Sistema Gurgacz de Comunicação (SGC) que o projeto visa realizar um diagnóstico ambiental da Bacia do Ribeirão Cocal de Alvorada. Este município, segundo ele, passa por um problema hídrico próximo de quatro anos, o que causa a falta d’água, principalmente, no desabastecimento nas residências, perímetro urbano. “O estudo que se realiza visa os motivos que tem levado à essa situação”, declarou. Nesse levantamento, estão sendo analisadas as situações das nascentes, corpos hídricos, igarapés, margens de rios, além de um balanço para avaliar a capacidade da produção de água, e quanto, é possível extrair água, seja para a irrigação de lavoura de café, pastagem e até mesmo para o consumo humano.
Hermerson, lembrou também que mesmo com o inverno amazônico, um pouco mais esticado, a região de Alvorada padece com a falta de água. Essa falta, segundo ele, seria em decorrência dos problemas ambientais, degradação, erosões, assoreamento, fatores ambientais que contribuem para que a água não consiga ficar no local, com isso, o rio não consegue ter a quantidade de água para atender a população.
Tempo de execução
Para o coordenador, a ideia inicial é que o estudo demore mais um ano para ser concluído, e até dezembro de 2022 já se tenha o diagnóstico completo para apontar as verdadeiras causas da falta d’água em Alvorada D’Oeste. “Temos neste momento uma situação muito complexa, por isso, esse tempo de pesquisa (estudo) de todas as áreas, não pode ser feito em pouco tempo. “Já estamos visitando várias propriedades, conduzimos os produtores até as nascentes, igarapés e mostramos a situação, realizando orientação ambiental”, afirmou.
Além de Alvorada D’Oeste, considerada a mais grave do Estado, o município de Espigão D’oeste, também passa por esta avaliação, e a cidade de Cerejeiras localizada na região do Cone Sul do Estado. “Precisamos ter a conscientização ambiental, evitar o desperdício, e os produtores podem cooperar isolando uma área, uma nascente e/ou uma Área de Proteção Permanente (APP). Essas ações, mesmo a longo prazo, contribuem para que o problema seja sanado”, concluiu.
Fonte: Diário da Amazonas
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