Começa nesta segunda-feira (15) o julgamento dos acusados de matar Fabiana Pires Batista, de 23 anos, e Gustavo Henrique, de 7 anos, em setembro de 2019. Os réus Mário Barros do Nascimento e Cátia Barros Rabelo serão julgados pelo Tribunal do Júri no Fórum Geral César Montenegro em Porto Velho (RO).
Segundo a sentença de pronúncia, os réus serão julgados pelo júri popular. Além disso, o crime teve ainda participação de adolescentes, que teriam contribuído para a morte das vítimas.
Entre os crimes apontados no processo pelo qual poderão responder Cátia e Mauro estão homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Para o júri foram destacadas 18 testemunhas.
O júri será realizado no Fórum Geral César Montenegro e presidido pelo juiz Áureo Virgílio. A sessão, que tem previsão para durar dois dias, é aberta ao público.
Relembre o caso
20 de outubro de 2019
O corpo de Gustavo Henrique foi encontrado boiando no lago de um loteamento de Porto Velho. Não havia confirmação se o suposto afogamento da criança foi oriundo de acidente ou homicídio.
21 de outubro de 2019
Fabiana é encontrada morta no mesmo local onde o filho de 7 anos foi achado sem vida. O corpo da mulher estava parcialmente enterrado e apresentava ferimentos na cabeça, tórax e barriga.
O corpo foi achado pelo pai de Gustavo. A mulher estava grávida de 8 meses e teve o bebê arrancado da barriga durante o assassinato.
22 de outubro de 2019
Uma menina de 13 anos foi apreendida por suspeita de envolvimento nos assassinatos. Ela é irmã de Fabiana e tia de Gustavo. Um adolescente, de 15 anos, também foi apreendido.
Ele e a menina foram os supostos executores do assassinato. O que se sabe é que o bebê foi arrancado por eles para ser entregue a uma mulher que fingia estar grávida de um garimpeiro. Ela é mãe do adolescente de 15 anos.
23 de outubro de 2019
A polícia confirmou que outros dois adolescentes foram apreendidos por suposto envolvimento no mesmo crime, totalizando quatro menores. Todos estão internados. Três deles são filhos de Cátia Barros Rabelo, identificada como a mulher que fingia a gravidez.
Ela, que foi presa, é suspeita de participar do crime e entregar os instrumentos aos menores para execução.
Crime
Conforme investigações, a Polícia concluiu que a gestante foi morta a golpes de barra de ferro, em uma cascalheira localizada na zona Sul de Porto Velho, após ter tido o bebê arrancado da barriga por um grupo formado pelo segundo réu e seis adolescentes, entre eles, a própria irmã da vítima. Na época com 13 anos.
O filho da gestante, de 7 anos, também foi morto. A criança acompanhava a mãe no dia do crime. Ainda de acordo com as investigações, a criança foi agredida e jogada em um lago nas proximidades.
O menino não sabia nadar e morreu por afogamento. O bebê sobreviveu, tendo sido localizado pela Polícia em poder de pessoas ligadas à mandante, dias depois.
Motivação do Crime
Cátia Barros Rabelo depois que foi presa em 2019 confessou na frente dos jornalistas participação no crime. Na ocasião, a mulher negou ter planejado dar o golpe da barriga em um garimpeiro e explicou o motivo de ter arrancado o bebê da barriga de Fabiana com uma faca. “Eu só queria a criança”, disse
Cátia disse ainda que se arrependeu de sequestrar o bebê e de ter participado do assassinato de Fabiana e do outro filho dela, Gustavo Henrique, de 7 anos.
A investigação da polícia apontou que a ré teria arquitetado o plano, junto com os próprios filhos, pois fingiu uma gravidez e queria dar o golpe da barriga em um garimpeiro.
Questionada quem teria planejado o crime, Cátia afirma que a ideia foi da própria irmã de Fabiana, uma adolescente de 13 anos.
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