A temperatura caiu consideravelmente em Vilhena nas últimas horas, tendo os termômetros ficado abaixo de 10 graus durante a madrugada. E a temperatura deve manter-se baixa por mais alguns dias. Nestes períodos de friagem sofrem, ainda mais, as pessoas em situação de rua.
Em Vilhena quase não há pessoas que se enquadrem nesta definição. Mas, quem passa pela avenida Curitiba, no bairro Bela Vista, com certeza já viu um senhor que “mora” na calçada. O idoso já teve a história contada aqui no FOLHA DO SUL ONLINE. Na manhã fria de terça-feira, 29, quem passou pelo local foi Carlos Henrique Paulino Rocha, de 27 anos. “Carlão Rondônia”, como é conhecido, também já teve as suas aventuras para conhecer o Morumbi contadas aqui.
Carlão Rondônia contou que viu o senhor ali, com frio, e parou para conversar com ele. A conversa virou um post nas redes sociais do jovem e mobilizou as pessoas que se preocuparam com a situação do homem. Na postagem, Carlão Rondônia afirma que o senhor teria dito que queria ir morar no Lar dos Idosos. “Falei com ele e ele disse que dessa vez quer ajuda; então tentei ajudar, assim como tão ajudando meu pai”, disse o rapaz, que vai rifar camisa que ganhou dos jogadores do São Paulo para custear o tratamento de saúde do seu padrasto.
A reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE conversou com Rafael Reis, secretário municipal de Assistência Social (Semas). Reis, tomando todo o cuidado para não expor ainda mais o senhor em questão e a família dele, explicou novamente a situação de que o idoso está na rua por escolha própria. Segundo Reis, ele tem família em Vilhena que não o abandonou.
“O CREAS já conversou com a família dele, que reside ali próximo, para tentar levá-lo para casa por esses dias”, disse Reis, que salientou ainda que o caso específico desse senhor é acompanhado pelo Ministério Público, Creas, Caps e Semas.
A reportagem conversou também com Francis Jones de Meneses Godoy Junior, coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). De acordo com Junior, que confirmou a informação de que ele mora na rua por opção, o CAPS já acompanha o caso desse senhor há algum tempo, e nesse período vem tentando o resgate dele. Ainda segundo informações do coordenador, chegou a ser iniciada a internação dele em uma clínica terapêutica, mas no processo ele fugiu do Hospital Regional onde estava internado para exames.
Apesar das dificuldades pelo fato dele se recusar a receber a ajuda necessária, Junior afirmou que a equipe do CAPS segue buscando maneiras de convencê-lo de aceitar o tratamento e assim, sair da rua.
Fonte: Folha do Sul
Deixe seu comentário