
A bebê Indi Gregory, de oito meses de idade, que lutava contra uma doença rara e que teve os aparelhos de suporte de vida desligados por decisão da Justiça do Reino Unido, morreu nesta segunda-feira (13) após ser levada para uma unidade de cuidados paliativos. De acordo com o pai da menina, Dean Gregory, o óbito foi confirmado à 1h45 pelo horário local (22h45 de Brasília).
Indi era afetada por uma doença mitocondrial rara, incurável, e que afetava a produção de energia das células dela. Nos últimos meses, os pais de Indi, que moram na cidade de Ilkeston, também no Reino Unido, iniciaram uma série de ações legais numa tentativa de manter a filha viva.
A família da criança tentou convencer o Tribunal Superior e o Tribunal de Recursos, ambos britânicos, e os juízes do Tribunal Europeu de Direitos Humanos de que Indi deveria continuar a receber cuidados, mas não conseguiram. Na última sexta (10), a decisão derradeira relacionada ao caso definiu que a criança sequer poderia ser levada para casa.
O juiz Peter Jackson, responsável por negar na última sexta o pedido da família de levar a menina para casa, apontou que a solicitação era “totalmente sem mérito” e ainda classificou as tentativas como “manipuladoras” e disse que elas visavam “frustrar decisões judiciais”. Os pais de Indi ainda tentaram transferi-la para um hospital em Roma, na Itália, mas a ideia também não foi aceita.
Segundo o pai de Indi, a mãe da bebê, Claire Staniforth, “segurou a menina nos últimos suspiros”. De acordo a organização Christian Concern, que deu apoio à família, a menina foi transferida para uma unidade de cuidados paliativos no último sábado (11) com o auxílio de uma ambulância e escolta de segurança. O grupo ainda informou que ela estava serena e dormiu durante a viagem.
Deixe seu comentário