
Questionada sobre os membros amputados, o delegado afirmou que Ramira não soube explicar. “Ela fala que enterrou o Brian inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, acrescenta.
O delegado, entretanto, conta que a versão de Ramira é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerado uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chega com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [Ramira] não convenceu”, ponderou.
Antes disso, Ramira teria apresentado outra versão. Em depoimento, contou que teria deixado o Brian com uma conhecida que teria o matado. “Em um primeiro momento, ela estava bem fria. Mas quando apresentamos fotografias, o que a investigação já tinha conseguido angariar, ela chorou. Não sei se chorou por ter lembrado da criança ou pelo fato de estar sendo presa”, disse o delegado.
A prisão
Ramira foi flagrada em um barco na cidade de Porto Velho (RO), que deveria partir para Manaus na quarta-feira (19), onde ela planejava se esconder. A mulher estava sendo procurada pela Polícia Civil de Mato Grosso para prestar esclarecimentos sobre o episódio que resultou na morte do próprio filho.
De acordo com a Polícia Civil, a descoberta do cadáver aconteceu por volta do meio-dia, depois que uma equipe foi acionada por uma vizinha da residência onde Ramira morava. Na ocasião, ela contou que um cachorro pitbull tentou desenterrar o corpo da criança.
Conforme o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, o cadáver foi enterrado atrás de um vaso e estava em avançado estado de decomposição. Na residência não havia ninguém no momento em que a Polícia Civil chegou.
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