
O momento mais enfático da mensagem foi direcionado à prática de monetização espiritual nas redes sociais, com destaque para os chamados “profetas do Pix”.
“Deus te unge, Deus te chama, Deus te consagra, Deus te levanta, mas Deus não decide nem por mim nem por você. A decisão é nossa”, declarou o pastor, enfatizando o livre-arbítrio como a maior riqueza do ser humano.
Durante a ministração, Samuel Gonçalves fez uma analogia com a história bíblica de Sansão, personagem do Antigo Testamento conhecido por sua força sobrenatural. Segundo ele, Sansão caiu ao usar o dom recebido de Deus para interesses pessoais, desrespeitando o propósito espiritual que havia sobre sua vida.
“Sansão começou a manipular o dom de Deus na vida dele por benefício próprio. Eu fico muito preocupado com esse pessoal que fica usando talento de Deus para fazer live na internet para pedir Pix”, afirmou.
O pastor prosseguiu com um alerta direto:
“O profeta do Pix não se negocia com os talentos. Não se usa os talentos de Deus para benefício próprio. Não se vende aquilo que recebeu de graça da parte de Deus.”
A crítica de Gonçalves reflete uma preocupação crescente entre líderes tradicionais das igrejas evangélicas sobre o uso comercial da fé, especialmente em plataformas digitais, onde alguns líderes têm utilizado transmissões ao vivo para angariar doações sem uma justificativa clara de propósito ministerial.
A prepotência de Sansão e a lei da colheita
Ao reforçar sua mensagem, o pastor destacou que mesmo os ungidos não estão isentos das consequências de seus atos. Citando novamente a história de Sansão, ele lembrou que o personagem bíblico continuou sendo chamado por Deus, mesmo em sua altivez, mas enfrentou as consequências de suas escolhas.
“O perdão nos libera do inferno, mas não nos isenta da colheita. O que plantou, vai colher”, sentenciou.
A mensagem repercutiu entre os presentes pela clareza com que o líder abordou temas sensíveis relacionados à conduta ministerial e à integridade no uso dos dons espirituais.
A fala do pastor Samuel Gonçalves também foi interpretada como um chamado ao retorno aos princípios bíblicos e à responsabilidade pessoal no exercício da fé.
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